Refletindo sobre as diferentes formas que levam a uma tomada de decisão, pensei em minha experiência em alguns países em que morei e trabalhei. Países de primeiro mundo, com diferentes formas de encontrar soluções para problemas semelhantes. Claro, que os próprios cidadãos e visitantes destas nações podem concordar ou discordar de mim. Porém, como o teclado é meu, a minha decisão é que posso escrever o que achar que está correto.
Vou levar em consideração para este artigo 3 países: Japão, Estados Unidos e Suécia.
Todos são países desenvolvidos, situados em diferentes localidades do globo e onde tive oportunidade de conhecer um pouco a cultura e o modo de pensar dos profissionais com quem tive o prazer de conviver.
Ninguém discute a efetividade e a qualidade da cultura e dos produtos desses povos.
No Japão por exemplo, apesar das decisões de maneira muito organizada e de alta qualidade na base da pirâmide, ela passa por filtros hierárquicos rígidos. As decisões vão sendo tomadas sempre baseadas nas alçadas superiores, sem muito questionamento. Este processo decisório tem se mostrado eficaz ao longo dos anos, porém vem perdendo terreno junto ao mercado cada dia mais rápido, competitivo em termos de inovação, qualidade e preço.
Nos Estados Unidos, existe uma maleabilidade maior com incentivo à independência, à autonomia e à criatividade com alçadas definidas, porém com incentivo ao risco controlado e responsável. Isso proporciona uma rapidez maior nas decisões e facilita soluções individuais e coletivas mais criativas. É mais passível a erros, entretanto a velocidade é maior e a capacidade de apresentar soluções inovadoras cresce e atinge o mercado mais rapidamente.
Na Suécia por outro lado, a maioria das decisões ocorrem de maneira consensual e são tomadas após longas discussões colegiadas. Este processo, resulta em baixo índice de erros e alta qualidade nas decisões. Porém, isto os torna mais lentos e tende a deixá-los vulneráveis em segmentos muito competitivos e de rápida obsolescência como a telefonia celular. Em setores menos nervosos em termos de tempo, como o automotivo e o aeronáutico a Suécia vem se consolidando cada vez mais à nível mundial.
Qual é o melhor processo? Dependendo do segmento, todos são bons e merecem a nossa atenção e o nosso respeito. O que não pode acontecer é não haver critérios e nem modelos definidos.
Para refletir…