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No futebol dizemos que o pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube. Num paralelo com a área de Recursos Humanos, acho que a responsabilidade pela admissão de profissionais deveria ser do CEO, não importando o nível da posição.

Esta atividade, nem sempre adequadamente valorizada pelo mercado, é diretamente responsável pelo presente e futuro de uma organização. Os profissionais da área precisam ter obrigatoriamente um profundo conhecimento de comportamento humano, e uma razoável familiaridade horizontal com todas áreas da empresa.

Teoria x Realidade. Isto ainda não acontece em muitas empresas. O resultado é muito ruim e caro e nem precisamos explicar o porquê.

Com o advento das plataformas de pesquisa, a acessibilidade à informação criou uma nova forma de captação de candidatos que deveria trazer uma melhoria considerável no processo. Não trouxe! A captação de candidatos – o recrutamento – é só uma das duas colunas do processo (e o papel aceita tudo). Na outra coluna – a seleção – o uso subsequente das videoconferências tornou o processo ainda mais difícil, pois estas apoiam-se apenas dois dos cinco sentidos, e exigem ainda mais habilidade e sensibilidade da parte do entrevistador.

Posições sensíveis, selecionadas por profissionais às vezes sem todas as qualificações, e além de tudo, sem utilizar todos os sentidos com que nascemos, é sonhar voar sem asas!

Conclusão: trazer a bordo os responsáveis pelo futuro da empresa não é tarefa menor, que se pode delegar sem rigorosos critérios. Quanto vale uma tentativa fracassada de recrutamento de um nível C? O Recrutamento e Seleção é definitivamente um investimento que não pode e não deve ter um teto baixo.

Para refletir…

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