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O ambiente corporativo sempre foi e creio que sempre será energizado pelas crises que enfrenta. É verdade. A humanidade como um todo também é assim… o problema é que normalmente o resultado material obtido através delas, dificulta a mensuração do custo e do desgaste que elas causam nas pessoas.

O interessante é que de uma forma geral, além das naturais causas geradoras, como competição interna e externa, mercado, política e outros múltiplos e variados motivos, nos viciamos com este tipo de adrenalina, não sabemos viver sem ela.

Me lembro claramente de uma conversa que tive com um antigo chefe. Coloquei que a administração por crise conflito que a empresa adotava, estava causando um estresse e desgaste muito grande entre os executivos, que apesar dos resultados rápidos, não poderia ser mantida por um longo período.

Para a minha surpresa, ele me respondeu com uma convicção arrepiante: “Não há um dia sequer que eu vá para casa, sem causar uma crise. Isto mantem a empresa sempre alerta”.
Percebi que não haveria argumento possível que o fizesse mudar de opinião.

Hoje, passados muito anos, revejo aquela cena e vejo com uma naturalidade de arrepiar, que geradores de crises existem em grandes números, como praga de gafanhotos, com um apetite sem limites por resultados rápidos.

A perguntas que se deve fazer: Vale a pena ser assim? Vale a pena trabalhar para alguém assim? Qual o legado que se deixa aos sobreviventes?

Esta política de predadores pode nos transformar em matilha e certamente não pode e não DEVE dar certo. Uma questão de inteligência e de preservação do próprio ecossistema!

Para refletir.

One Comment

  • EDVAR SILVA disse:

    Parabéns pelo texto. Refletindo sobre cada parágrafo, voltei ao meu passado e identifiquei parceiros e superiores com este perfil, infelizmente não tinhamos percepção para identificar naquele momento, o texto faz com que tenhamos mais atenção em quem está do nosso lado, estes geradores existem até na família, parabéns pelo belo trabalho.

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