Como quem acompanha as minhas reflexões, já deve saber, tenho uma relação muito próxima com o meu teclado. Convém ressaltar que ele, sempre foi e é um interlocutor bastante ativo.
Pois bem, semana passada, notei que o teclado estava ficando esquisito, colocava letra não solicitada, falhava em pontuações, repetia frases inteiras, ou seja, parecia que alguém tinha derrubado refrigerante em cima dele. Fiz de tudo, limpei, assoprei e nada. Cada dia mais titubeante, rebelde e às vezes parecia estar sem qualquer tipo de vontade, nem sequer reagia aos apertões mais fortes que eu comecei a dar nas suas teclas. Pensei até em me separar, mas aí me lembrei que a única coisa que coloca alguém na cadeia no Brasil, é deixar de pagar pensão familiar, a tal de pensão alimentícia.
Pois bem, após algum tempo, já quase desistindo de escrever, me lembrei das pilhas. Será? Troquei faz pouco tempo. Na verdade, nem sequer me lembrava já tinha alguma vez trocado as danadas. Pois bem, encurtando, eram as pilhas! Troquei e aqui eu estou escrevendo, e ele todo satisfeito e feliz.
Fazendo um paralelo com a nossa vida profissional, quantas vezes nos deparamos com funcionários, colegas e superiores, com os mesmos sintomas? A gente, antecipa um aumento, dá bronca, chama pra um cafezinho e às vezes até, após uma discussão com a patroa, convida para um jantar em casa! Nada funciona. O problema é a pilha, meus amigos, a energia está chegando ao fim.
O Fato é que não existe, uma pilha padrão pequena, média e grande para gente! Cada um tem uma bateria diferente. Neste caso, após diagnosticado o problema, só existe um remédio, conversa, sensibilidade, autocrítica e muita revisão dos nossos circuitos internos! Alguns ficam pelo caminho, muitos outros conseguem fazer o diagnóstico e resolver o problema, tocando o barco da vida.
Para refletir…