Skip to main content

Depois de um certo tempo, sem escrever, devido às férias solicitadas pelo amigo teclado, resolvi colocar em palavras uma constatação que cada dia se confirma mais.

Em nossas conversas com amigos, colegas de trabalho e muitas vezes, até com pessoas que acabamos de conhecer, temos o hábito de construir ou manter imagens de nós mesmos sem perceber ou entender claramente onde queremos chegar.

Um exemplo? Dois homens discutindo sobre carro:

1ª afirmação: Meu carro é ótimo, faz 21 km com um litro de gasolina.

Resposta: O meu faz 23 km por litro, só que com etanol.

2ª afirmação: 23 km com um litro de álcool…hummm… Talvez o meu consumo seja maior porque o meu carro, tenha 329 cavalos e 60 kgfm de torque.

Resposta: Sei… sei… sei… legal, meio forte, né? Outro dia, estava com muita pressa e fiz de São Paulo ao Guarujá em 33min, com neblina e tudo!

3ª afirmação: A pé ou a cavalo?

Resposta: Não, montado na progenitora de um conhecido meu…

É isto, caros amigos. Por natureza, somos tentados a falar aquilo que nos dá prazer, sem nos incomodarmos muito com o efeito das nossas palavras. Na realidade sim, queremos sim, instintivamente ou intencionalmente, impressionar o ouvinte pelo que somos ou pelo que temos, com uma compulsão imensa de obter a admiração alheia. Cuidado, na maioria das vezes capturamos a inveja e não a admiração.

Normalmente, no reino animal, esta compulsão em causar admiração, termina em pancadaria, perda de jubas e penas…

Para refletir.

Leave a Reply