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Não sei se o que escreverei abaixo é de minha autoria, ou faz parte daquelas coisas que você sabe há tanto tempo que acaba incorporando à sua caixa de ferramentas. Portanto, se alguém reclamar a autoria, já vou pedindo desculpas, avisando que apesar do teclado ser meu, às vezes ele adquire uma espécie de vida própria. Aliás, fica aqui registrado que se o pessoal da Fake News usar este argumento (culpar o teclado) em suas defesas, vou cobrar royalties.

Sabe aquele funcionário que não gosta de fazer palestras, apresentações, ou mesmo de muita socialização?  Normalmente creditamos na conta da timidez. É tão “tímido” o cidadão que a gente fica se perguntando como é que ele conseguiu se casar com aquela mulher linda, que vários falantes bem-apessoados não conseguiram nem uma simples devolução de olhares lânguidos de gato carente.

Pois bem, o “tímido” pode muito bem ser exatamente o contrário daquilo que demonstra, coisa que acontece frequentemente quando avaliamos somente as aparências… Vamos pensar sob uma dimensão diferente:

– O tímido quando entra em uma sala cheia de gente, quer se esconder e passar desapercebido, certo?

– O tímido quando comete um pequeno erro em um discurso tem certeza que todo mundo ouviu, avaliou e julgou o erro da pausa da vírgula, certo?

– O tímido, acha que sua roupa está sempre chamando a atenção, mesmo que esteja de cueca e camiseta indo dormir, certo?

Pois bem, o que tímido às vezes realmente pode ser? Um pavão!!! Pois acredita que sempre que entra na festa será o centro das atenções, que quando fala, será sempre ouvido com toda a atenção. É aquele cidadão que em frente ao espelho de um museu, acha que o espelho somente refletirá a sua imagem…

Pois, nem tudo que parece é, nem tudo que é, é verdade, e nem tudo que não é uma verdade é necessariamente uma mentira…

Para refletir.

 

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